Grande
parte das pessoas tem dúvida sobre como lidar com pessoas com deficiência
visual, sejam elas completamente cegas ou apenas com a visão reduzida. Não temos dúvida de que para isso devemos adotar comportamentos fundamentais para qualquer
relacionamento humano: Agir sempre com ética, respeito e bom senso. Relacionar-se com pessoas com diferentes
tipos de deficiência exige da nossa parte uma atenção especial para ajudá-las apenas
quando for necessário, para que não se sintam incapacitadas para
atividades que podem perfeitamente realizar.
Temos
um amigo que tem uma deficiência visual acentuada, que lhe compromete mais de 90%
da visão. Não obstante sua deficiência visual ele é um homem inteligentíssimo,
sensível, educado e bem humorado. Durante essa convivência tivemos a oportunidade de perceber que
muitas pessoas ao se dirigirem ao nosso amigo falam como se o mesmo tivesse algum tipo de
deficiência intelectual. Isso quando se dirigem diretamente a ele. Muitas vezes elegem
entre as pessoas que o rodeiam alguém que acreditam que o representa e
passam a se dirigir a essa pessoa para que a mesma “ traduza” para o nosso amigo
o que pretendem perguntar. Ou então, não menos pior, esquecendo que nosso amigo não é surdo, e sim cego, começam a falar com ele “aos gritos”. Ficamos
muitas vezes nos perguntando quem poderia ter, na verdade, uma deficiência intelectual.
Diante dessa experiência resolvemos fazer uma pesquisa
sobre como lidar com as pessoas com deficiência visual e socializar essas informações. Extraímos, então, algumas dicas dos sites do Instituto Benjamin Constant e da
Secretaria de Direitos Humanos do Estado de São Paulo. Vejam como são importantes:
DICAS:
1. Trate as
pessoas cegas com o mesmo respeito e consideração dispensados às demais
pessoas. Não as trate como seres diferentes somente porque não podem ver:
saiba que elas estão sempre interessadas no que você gosta de ver, de ler, de
ouvir e falar;
2. Não fale
com uma pessoa cega como se fosse surda- o fato dela não ver não significa que
não ouça bem
3. Sempre que
for chegar ou sair de um ambiente onde está uma pessoa cega a avise que está
chegando ou se retirando. É muito desagradável ficar falando sozinho;
4. Não diga
ao chegar coisas do tipo: adivinha quem é, “ está conhecendo essas mãos?”. Isso
é desagradável e de muito mau gosto. Identifique-se ao chegar;
5.
Não deixe de apertar a mão de uma pessoa cega ao
encontrá-la ou ao despedir-se dela. O aperto de mão substitui para ela o
sorriso amável;
6.
Não deixe objetos no caminho onde uma pessoa
cega costuma passar;
Não modifique a linguagem para evitar a
palavra “ ver” e substituí-la por “ ouvir”.
Conversando sobre a cegueira com quem não vê, use a palavra cego sem rodeios.
7. Nunca ajude sem perguntar como fazê-lo. Caso sua
ajuda como guia seja aceita, coloque a mão da pessoa no seu cotovelo dobrado.
Ela irá acompanhar o movimento do seu corpo enquanto você vai andando. Não a
empurre nem puxe pelo braço. Num corredor estreito, por onde só é possível
passar uma pessoa, coloque o seu braço para trás, de modo que a pessoa cega
possa continuar seguindo você, ou ofereça o ombro.É sempre bom avisar, antecipadamente, sobre a existência de
degraus, pisos escorregadios, buracos e outros obstáculos durante o
trajeto;
8. Ao explicar
direções, seja o mais claro e específico possível; de preferência, indique as
distâncias em metros e a direção como por exemplo: “ direita”, “esquerda”, “abaixo”,
entre outras;
9. Não diga que tem pena de pessoa cega, nem lhe
mostre exagerada solidariedade. O que ela quer é ser tratada com igualdade.
Existem diversas orientações quanto ao
cão guia e outras situações relacionada às pessoas com deficiência visual que
estão no site do Instituto Benjamin Constant.
É realmente muito interessante. Nós precisamos nos apropriar dessa riqueza de informações
para poder contribuir para a construção de um mundo melhor e mais acolhedor
para tantas criaturas maravilhosas que habitam esse planeta e que sofrem em razão
da nossa ignorância.
Escrito a partir das informações contidas nas páginas: