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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Como se comportar com pessoas com deficiência visual


  Rossana Pinheiro

 Grande parte das pessoas tem dúvida sobre como lidar com pessoas com deficiência visual, sejam elas completamente cegas ou apenas com a visão reduzida. Não temos dúvida de que para isso devemos adotar comportamentos fundamentais para qualquer relacionamento humano: Agir sempre com ética, respeito e bom senso.   Relacionar-se com pessoas com diferentes tipos de deficiência exige da nossa parte uma atenção especial para ajudá-las apenas quando for necessário, para que não se sintam incapacitadas para atividades que podem perfeitamente realizar.
Temos um amigo que tem uma deficiência visual acentuada, que lhe compromete mais de 90% da visão. Não obstante sua deficiência visual ele é um homem inteligentíssimo, sensível, educado e bem humorado. Durante essa convivência tivemos a oportunidade de perceber que muitas pessoas ao se dirigirem ao nosso amigo falam como se o mesmo tivesse algum tipo de deficiência intelectual. Isso quando se dirigem diretamente a ele. Muitas vezes elegem entre as pessoas que o rodeiam alguém que acreditam que o representa e passam a se dirigir a essa pessoa para que a mesma “ traduza” para o nosso amigo o que pretendem perguntar. Ou então, não menos pior,  esquecendo que nosso amigo não é surdo, e sim cego, começam a falar com ele “aos gritos”. Ficamos muitas vezes nos perguntando quem poderia ter, na verdade, uma deficiência intelectual. Diante dessa experiência resolvemos fazer uma pesquisa sobre como lidar com as pessoas com deficiência visual e socializar essas informações. Extraímos, então, algumas dicas dos sites do Instituto Benjamin Constant e da Secretaria de Direitos Humanos do Estado de São Paulo. Vejam como são importantes:

DICAS:

1.  Trate as pessoas cegas com o mesmo respeito e consideração dispensados às demais pessoas. Não as trate como seres diferentes somente porque não podem ver: saiba que elas estão sempre interessadas no que você gosta de ver, de ler, de ouvir e falar; 
2.       Não fale com uma pessoa cega como se fosse surda- o fato dela não ver não significa que não ouça bem
 3.       Sempre que for chegar ou sair de um ambiente onde está uma pessoa cega a avise que está chegando ou se retirando. É muito desagradável ficar falando sozinho;
4.  Não diga ao chegar coisas do tipo: adivinha quem é, “ está conhecendo essas mãos?”. Isso é desagradável e de muito mau gosto. Identifique-se ao chegar; 
5.      Não deixe de apertar a mão de uma pessoa cega ao encontrá-la ou ao despedir-se dela. O aperto de mão substitui para ela o sorriso amável;
6.      Não deixe objetos no caminho onde uma pessoa cega costuma passar; 
 Não modifique a linguagem para evitar a palavra “ ver”  e substituí-la por “ ouvir”. Conversando sobre a cegueira com quem não vê, use a palavra cego sem rodeios.
7.  Nunca ajude sem perguntar como fazê-lo. Caso sua ajuda como guia seja aceita, coloque a mão da pessoa no seu cotovelo dobrado. Ela irá acompanhar o movimento do seu corpo enquanto você vai andando. Não a empurre nem puxe pelo braço. Num corredor estreito, por onde só é possível passar uma pessoa, coloque o seu braço para trás, de modo que a pessoa cega possa continuar seguindo você, ou ofereça o ombro.É sempre bom avisar, antecipadamente, sobre a existência de degraus, pisos escorregadios, buracos e outros obstáculos durante o trajeto; 
8.   Ao explicar direções, seja o mais claro e específico possível; de preferência, indique as distâncias em metros e a direção como por exemplo: “ direita”, “esquerda”, “abaixo”, entre outras; 
9. Não diga que tem pena de pessoa cega, nem lhe mostre exagerada solidariedade. O que ela quer é ser tratada com igualdade.
         Existem diversas orientações quanto ao cão guia e outras situações relacionada às pessoas com deficiência visual que estão no site do Instituto Benjamin Constant. É realmente muito interessante. Nós precisamos nos apropriar dessa riqueza de informações para poder contribuir para a construção de um mundo melhor e mais acolhedor para tantas criaturas maravilhosas que habitam esse planeta e que sofrem em razão da nossa ignorância.

Escrito a partir das informações contidas nas páginas:

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Debate revela discriminação e violência contra idosos brasileiros

 
 Simone Franco
O primeiro ano de funcionamento do Disque 100 – serviço criado pelo governo federal, em 2011, para receber denúncias de violação aos direitos humanos – fechou com quase 44 mil registros de violência praticada contra idosos. Acusações de negligência despontaram nesse cenário (17 mil), seguidas de perto por episódios de abandono/violência psicológica (13 mil) e agressões físicas (7 mil).
Esse retrato da discriminação contra os idosos brasileiros foi exibido pela ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, nesta terça-feira (11), durante audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) sobre os desafios e as perspectivas do processo de envelhecimento da população.
- O envelhecimento é uma das principais conquistas da humanidade e, por isso, não pode ser visto como peso para o governo e para as famílias, mas como uma conquista, um produto do avanço nas políticas públicas. A exploração econômica, a violência dos idosos e o abandono afetivo dos idosos são questões que preocupam – comentou Maria do Rosário.
Envelhecer com cidadania é um dos maiores desafios postos para o país, na avaliação do professor da Universidade de Brasília (UnB) Vicente Faleiros. Ele vê na atuação do Estado a possibilidade de garantir a inclusão social dos idosos, assinalando a importância das políticas de transferência de renda, como Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada, para reduzir a pobreza nessa faixa populacional.
Mudanças
De acordo com a diretora do Departamento de Direitos Humanos e Temas Sociais do Ministério das Relações Exteriores, Glaucia Gauch, as dificuldades para enfrentamento dos impactos sociais e econômicos do envelhecimento não são exclusividade do Brasil.
- Isso vai demandar revisões substanciais nas estruturas trabalhista, previdenciária e social de grande parte dos países – observou.
Apesar de defender a edição de uma convenção internacional sobre direitos dos idosos, o Brasil vem se deparando, segundo Glaucia Gauch, com resistências à iniciativa por parte de países da União Européia, do Japão e do Canadá, todos integrantes de grupo de trabalho sobre envelhecimento da Organização das Nações Unidas (ONU).
Cuidador
Ao mesmo tempo em que o país precisa superar a discriminação e promover a inclusão social, avança na formação de cuidadores de idosos. O incentivo a essa especialidade foi defendido pela representante da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Vera Soares, ressaltando a relevância do cuidador na assistência a um número cada vez maior de idosos que vivem sozinhos.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), senador Paulo Paim (PT-RS), também reconheceu a importância dos cuidadores. E chamou atenção para a votação pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), nesta quarta-feira (12), de projeto de lei (PLS 284/2011) do senador Waldemir Moka (PMDB-MS) regulamentando a atividade.
A audiência pública da CDH contou com a participação dos senadores Paulo Davim (PV-RN), Eduardo Suplicy (PT-SP) e Ana Rita (PT-ES).
Agência Senado
Extraído de: http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2012/09/11/debate-revela-discriminacao-e-violencia-contra-idosos-brasileiros