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domingo, 1 de março de 2009

Rossana Pinheiro: "As mulheres podem denunciar a violência que serão atendidas"







Rossana Roberta Pinheiro concedeu entrevista ao Potiguar Notícias e ao programa Cidade Aberta, da TV União, onde falou da situação da mulher no Rio Grande do Norte atualmente e da situação da Delegacia da Mulher de Parnamirim




Coordenadora Estadual do Centro de Direitos das Mulheres e das Minorias, ex-delegada da Mulher e uma das maiores autoridades do Estado em assuntos de combate à violência contra a mulher, Rossana Roberta Pinheiro concedeu entrevista ao Potiguar Notícias e ao programa Cidade Aberta, da TV União, onde falou da situação da mulher no Rio Grande do Norte atualmente e da situação da Delegacia da Mulher de Parnamirim, que teve de sair do prédio onde estava e ir para a 2ª DP do município. Confira a entrevista.




Potiguar Notícias: Qual a missão que a senhora tem frente ao desafio de proteção aos direitos das mulheres, sobretudo depois do advento da lei Maria da Penha?Rossana Pinheiro: Realmente este é um grande desafio, pois nós estamos com uma missão importante de formular e coordenar as atividades de segurança pública dirigida às mulheres, aos homossexuais e as pessoas com deficiência. Ou seja, pessoas que em razão de qualquer condição que seja tenham dificuldade de exercer a cidadania por que sofrem descriminação e tem dificuldade de ter acesso a segurança pública.




PN: Há uma gama de serviços oferecidos às mulheres, não?RP: Para isso, nós coordenamos o trabalho que é desenvolvido pelas delegacias de atendimento a mulher, coordenamos diretamente o SOS mulher (Disk-denúncia) e para a comunidade GLBT temos o disk-defesa homossexual (0800 281 1314). O diferencial do nosso serviço enquanto disk-denúncia é por que nós temos uma equipe extremamente profissional que dá suporte a tudo isto. Pois existem até casos e de cidadãos que foram buscar o poder público e lá sofreram outro tipo de preconceito ou até rejeição. O que é algo horrível, mas que infelizmente ainda acontece, e retrai bastante o nosso embate a impunidade ao próximo.




PN: Como se dá este serviço e como o usuário deve proceder frente a ele?RP: A porta de entrada do nosso serviço é realmente o nosso “0800”. Por exemplo, o nosso disk-denúncia homossexual, onde a pessoa faz a ligação e nos coloca que está com receio de chegar à delegacia, o que é natural na maioria das vezes, e que quer fazer a sua denuncia. A denúncia já é registrada de forma preliminar e em seguida é marcado um horário para que esta pessoa possa ter o atendimento necessário. E no interior do estado nos socorremos dos serviços de referência de assistência social, que nos dá uma interação com os delegados de polícia da região. Para que a pessoa que necessite tenha o atendimento digno e respeitoso que ela merece ter.




PN: Recentemente, nós percebemos uma mudança da sede da delegacia do centro de Parnamirim para a segunda DP em Nova Parnamirim, o que fez cair o atendimento em cerca de 90%. E a senhora esteve com o prefeito Maurício Marques negociando a volta desta delegacia para o centro da cidade. A senhora poderia nos dizer como está o encaminhamento?RP: Nós estivemos com o prefeito Maurício Marques, que nos recebeu muito bem e nos acenou positivamente para reatarmos nossa parceria que tínhamos com a gestão anterior. E nós estivemos esta semana com o secretário de segurança pública, que nos indagou a respeito da delegacia de Parnamirim, por que ele também deseja que ela saia do lugar onde está pois é um lugar de certa forma inadequado e é do interesse da segurança pública que a mulher tenha um lugar digno para ser recebida. Então nós estamos num processo de locação de um bom imóvel em Parnamirim e que seja adequado.




PN: Quais as dificuldades enfrentadas neste e em outros processos para acelerar a defesa da mulher?RP: Para que a gente possa dar andamento, existe uma burocracia nociva que acarreta em vários atrasos, mas que é necessária e que tem que acontecer, e nós lamentamos que tivesse acontecido esta queda no número de atendimentos, mas tudo irá voltar ao seu devido lugar. E finalizo dizendo a todas as mulheres que podem ligar e fazer sua denúncia para o 0800 281 2336 e também para a população GLBT que pode ligar para o numero dito anteriormente. Faça sua denúncia, peça ajuda que nós estamos ali para recebê-los.


http://www.potiguarnoticias.com.br/

Postado por Wagner Accioly às 19:12 0 comentários

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